Ao regressar para bordo procurou-a de novo Lord Cochrane a saber do resultado das suas entrevistas. A distinta senhora comunicou-lhe o ocorrido, mostrou-lhe as gazetas e proclamações que trouxera e nas quais Frei Caneca deixava transbordar o seu ardor anti-dinástico e o seu lirismo republicano, e desenganou-o de chegar a uma solução pacífica do movimento.
Almirante e escritora jantaram juntos em frente ao Recife percorrido pelos troços maltrapilhos de Manuel de Carvalho, palestraram horas, recordaram a luta pela independência do Pacífico, em que ele fora ator e ela espectadora, e cada um seguiu o seu rumo: Mrs. Graham para o Rio, onde a chamara tão honroso convite, Lord Cochrane para sua nau capitânia, a preparar-se para um ataque que desejaria poupar. Manuel de Carvalho regressava, entretanto, às suas ilusões ambiciosas, que achavam em redor a correspondência dos ódios nacionais e das veemências democráticas.
Oliveira Lima.
Rio, Novembro de 1906.