vizinhas chamadas a ajudar os pernambucanos, a defenderem os seus direitos de homem e de cidadãos.\"
Dom Pedro I, observava Mrs. Graham, era geralmente tido por português e a situação imperial não aparecia muito lisonjeira, sendo sérias as esperanças de adesão das províncias do Norte à causa republicana federativa; já Filgueiras marchava do Ceará, segundo no Recife avisaram à viajante, a Paraíba estava sob o influxo da força democrática de Goiana e o Piauí se manifestava bem disposto em prol da revolução.
Foi em 20 de agosto de 1824 que Mrs. Graham teve a sua segunda entrevista com Manuel de Carvalho \"esperando\", escreve ela, \"que as minhas representações pudessem ainda poupar o derramento de sangue\". O Presidente da Confederação do Equador recebeu-a muito amavelmente, apresentou-lhe as filhas, fez servir frutas e vinho e comunicou-lhe suas esperanças referindo-se às suas forças — tropa, na expressão da autora, composta em parte de meninos de dez anos e de negros de cabeça branca — afirmando que jamais cederia diante do poder central a não ser que a mesma Assembleia Constituinte fosse convocada de novo, não, porém, no Rio de Janeiro, em qualquer outro lugar fora do alcance dos regimentos imperiais. Ele pessoalmente achava-se resolvido a tornar o Brasil livre ou a morrer no campo da glória [sic].
\"Tomei a liberdade\", escreve Mrs. Graham nas referidas notas manuscritas, \"de contradizê-lo e mostrar-lhe quão imprudente havia sido a assembleia, e como cabia ao soberano o direito de dissolvê-la pela circunstância dela se declarar permanente. Nossa conversação versou longamente sobre política abstrata.\"
Não se esqueceu a medianeira de mencionar o perigo que pessoalmente corria o presidente rebelde e as gravíssimas responsabilidades que ele assumira, ao que Manuel de Carvalho se mostrou, segundo ela relata, sensível, declarando que se visse perdida a causa que encarnava, se poria nas mãos de Lord Cochrane e aí se julgaria seguro. (He would put himself in his power and fell safe.) Acrescenta Mrs. Graham ter deixado Manuel de Carvalho com um sentimento penoso.