O governo português aboliu a capitania da Bahia, em 1548, indenizando aos herdeiros de Francisco Pereira Coutinho com um padrão de juros rendendo cerca de mil cruzados anuais (173 contos em moeda de hoje).
Mas outras capitanias foram posteriormente cridas, a favor da Coroa, em territórios conquistados pelos governadores (1567-1620), e mais seis outorgadas a particulares (1537-1674) de acordo com as necessidades que a utilização da terra ia apontando.
O movimento de reversão das capitanias ao poder central, por falta de herdeiros legítimos, por confisco ou por compra dos direitos, salvo casos fortuitos, só é decisivo no século XVIII.
Todos esses elementos comprovam o valor do sistema idealizado por Portugal para a definitiva ocupação da terra.
E os algarismos acima enunciados, baseados em informações colhidas nos Dialogos da grandeza do Brasil, em Porto Seguro, J. Lucio Azevedo e vários outros permitem um juízo aproximado sobre os primeiros resultados econômicos decorrentes da grande iniciativa de D. João III e a soma de interesses que ela já criara na nova terra, em 1570.
São, no entanto, números apresentados com a devida reserva, e que deverão ser corrigidos à medida que se forem aprofundando os estudos sobre a história da economia brasileira.
Os rendimentos da Coroa
Devemos, finalmente, examinar quanto rendia a colônia à metrópole portuguesa.