aí o vendem os que o levam, e aí descansam seis, sete e oito meses, até poder ir a cidade."
Quanto às estatísticas, atribui:
à Bahia, 500.000 cabeças;
a Pernambuco, 800.000 cabeças;
ao Rio de Janeiro, 60.000.
Computando São Paulo e os campos de Curitiba, "onde vai crescendo e multiplicando cada vez mais o gado", não é difícil avaliar em mais de 1.500.000 o número de cabeças existentes nessa época, na colônia lusitana, sem contar o gado bravo dos campos do Sacramento.
Conforme Antonil, os currais variavam de 200 a mil cabeças; as fazendas, muitas com avultado número de currais, chegavam a ter até 20 mil cabeças de gado.
"As do sertão da Bahia, que pertenciam as duas grandes famílias — a da Torre e a do defunto mestre de campo, Antonio Guedes de Britto — eram ocupadas parte pelos donos, que arrendavam o resto, à razão aproximada de 10$000 anuais por légua.
Para os engenhos, para os lavradores de cana, tabaco, mandioca, serrarias, lenhas; para a alimentação era grande o consumo de gado. E o couro exportado em cabelo e em meias-solas, só por si indica uma matança anual de mais de 55 mil cabeças."
Os transportes se faziam por boiadas de cem a 300 cabeças de gado.
"Os que as trazem são brancos, mulatos, e pretos e também índios, que com este trabalho procuram ter algum lucro. Guiam-se, indo uns adiante cantando, para serem desta sorte seguidos do gado; e outros vêm atrás das reses tangendo-as, e tendo cuidado, que não saiam do caminho e se amontoem. As jornadas são de