pretende dar; ainda nesta discussão estamos no terreno das fórmulas, e os defensores dos dois sistemas competem na realização do mesmo ideal supremo.
É certo não haver rompido o círculo em que a cultura de sua geração o encerrou. Mas essa formação não lhe embaçou o senso político e não lhe impediu de dardejar às futuras gerações, lições destinadas a permanecerem no arsenal político do Brasil.
O abandono de sua doutrina pela nova geração, não corresponde, pois, à cessação de seu magistério. Qualquer que tenha sido a sua escola, há em sua obra páginas imorredouras sobre o caráter nacional, partidas de uma inteligência honesta.
O antirruismo, que de vez em quando costuma aparecer em nosso meio, seria pois um movimento ridículo se não fora principalmente injustiça. Odiá-lo, porque, numa geração que se deixou levar delirante pelos ideais democráticos, brilhou com extraordinário fulgor, é uma inconsequência. No momento em que sua figura enchia o cenário nacional, poucos se lembraram de atacá-lo em nome da revisão de princípios já em elaboração do velho mundo. Os antirruistas eram na maioria, literatos ávidos de chamar a atenção pública para a sua atitude excêntrica.
Causa espanto aos estudiosos atuais, que uma obra tão acoimada de vazia e artificial, tenha abalado tão fundamente o ambiente nacional, deixando um eco, cujos reboos ainda percebemos. Nesse fato, julgado com tanta superficialidade esconde‑se um dos fenômenos