Mocidade e Exílio (cartas inéditas)

Dedicava-se o Dr. José Barbosa de Oliveira à advocacia, onde fez considerável fortuna, rendendo a sua banca cerca de 14.000 cruzados num ano. Era mesmo dos mais famosos advogados do tempo. Encontra-se seu nome em muitas causas importantes da Bahia (1)Nota do Prefaciador.

Mas, morrendo-lhe a mulher em 1790, voltou aos planos da mocidade, e sendo Arcebispo da Bahia seu amigo Dom Fr. José de Sta. Escolástica, Monge Beneditino, recebeu ordens sacras, foi cônego da Sé, Desembargador da Relação Eclesiástica, Vigário Capitular e Governador do Arcebispado, Sede Vacante, por ocasião da entrada das forças brasileiras na Bahia. Em 1824 adoeceu gravemente, quando se esperava a sua confirmação no sólio arquiepiscopal. Foram inúteis os recursos da Medicina, e transportado da Soledade, onde se achava, para a casa de seu filho (a Casa dos "Sete Candieiros") aí veio a falecer em 20 de Novembro. Cantou-lhe o Cabido pomposo ofício de finados e, no meio de grandes manifestações de pesar por parte da população, de quem era geralmente estimado, foi sepultado na Catedral do Colégio, onde jaz.

Seu filho mais velho, Luiz Antônio Barbosa de Oliveira, sucedeu-lhe no estudo das leis e na carreira da Magistratura. Seguiu para Coimbra sem os preparatórios.