Mocidade e Exílio (cartas inéditas)

etc, quando me perguntavam notícias suas. Graças a Deus — sei que está bom — com a minha correligionária Chiquinha e o doce penhor. Sei já também, que vai ser paulista — senhor de engenho e refinador. OPTIME'!

Deus permita que — nessa boa terra de S. Paulo — bemfadada como todo o Sul — V. encontre as prosperidades industriais (acompanhadas das outras) que esse torrão tem dado a tantos: desejo-os muito abastados.

Ainda queria V. internar-se mais com raiva do Rio! Não tem razão contra o Rio: o crocodilo que o senhorêa é que é causa de tudo; mas V. sabe-lhe o remédio da bixa — dê-lhe com a bixa. Não me oponho; mas serei cooperador na preparação.

Estimo que esta Plataforma o ajudasse a sarar de alguns males da alma: tanta é a sua bondade. Mas saiba que dentro em 60 dias quando muito, já aqui não estaremos. Havendo o Balthazar vendido a Fazenda ao negociante riquíssimo — Manuel Francisco d'Almeida Brandão — me vi forçado a vender (queimei) à ele mesmo as minhas bemfeitorias por 10:000$ rs — perdendo 7:000$000. Quis evitar perda maior através de demandas. Lá vou, pois, de novo para a cidade — Deus sabe a viver de que, já que nossos correligionários daí, que me ajudaram a viver bem na minha 1a demissão, desta vez, há 4 anos,