As forças armadas e o destino histórico nacional

de cada uma de modo a satisfazer o consumo mundial, evitando os excessos por entendimentos e tratados perfeitos. Bem distribuidos os produtos do trabalho de cada povo através de estatísticas bem organizadas, poder-se-ia chegar ao equilíbrio da produção mundial, de modo que homens e máquinas empregados em determinadas produções excessivas fossem daí desviados para a obtenção dos produtos ainda deficientes ao consumo geral.

Estudadas a pecuária, as fábricas, as minas, as usinas, as lavouras, as cachoeiras, das diversas regiões do globo; encaminhadas as populações para as zonas em que pudessem produzir e viver; calculado o número de habitantes que a Terra pode comportar e mantido o equilíbrio entre a natalidade e a mortalidade quando atingido esse número, poder-se-ia chegar ao equilíbrio da produção e ao bem estar social.

Não há dúvida que são complexos esses problemas, porém não são insolúveis.

A crise atual é derivada também do armamentismo, do egoísmo, do medo, da desconfiança. Do armamentismo porque as grandes despesas correlativas deviam ter destino produtivo e não improdutivo (para o bem e não para o mal da humanidade), escorchadas as populações por impostos destinados a formidáveis engenhos de guerra aglomerados em profusão nos quartéis, parques e arsenais para a matança em massa. Do egoísmo, porque as cinco ou seis nações vencedoras da Grande Guerra, aniquiladas temporariamente duas das oito grandes potências, não desejavam que resurgissem ou surgissem outras potências a dividir com elas o governo e talvez os despojos do mundo. Do medo, porque os interesses dessas cinco ou seis ou oito nações estão de tal maneira vinculados em antagonismos de fronteiras, de mares, de colônias, de comércio, de indústria e até de raças, que não as deixam em liberdade