As forças armadas e o destino histórico nacional

para um gesto de nobre idealismo, para um entendimento leal em torno dos problemas internacionais, medrosas umas das outras, temerosas das alianças ofensivas e defensivas, aqui ou ali. Da desconfiança, em consequência do armamentismo, do egoísmo, do medo, e do que a política ele cada uma tenha deliberado secretamente realizar em detrimento de outra ou outras.

Façamos porém, justiça, reconhecendo que a França é a única das grandes potências que não pode iniciar o desarmamento devido à sua posição geográfica. Só o mar, a Bélgica e a Suíça ali não lhe são hostis.

Mesmo assim é dela que têm partido os mais sinceros desejos de paz e isso porque entre todas as nações é a que atingiu o mais elevado grau de civilização, conseguindo mesmo o equilíbrio da sua população.

Apesar de tudo é preciso que se pense e medite sempre no advento da paz, não só para que a propaganda prossiga os seus nobres ideais, como para evitar nas futuras hecatombes que resultarão fatalmente da política nefasta e tacanha do presente a intromissão de maior número de nações, seguindo como satélites aqueles astros de primeira e triste grandeza, triste porque sempre de punhos fechados e cenhos rugosos, ameaçadores.

E já que a verdadeira palavra de paz não sai lealmente dos lábios dos homens das nações poderosas, únicas capazes no presente de realizar esse grande ideal, delas exclusivamente dependente, devem as nações fracas deixar se estraçalhem elas no rubro cenário que se criaram, evitando a menor intervenção em suas contendas.

Dos seus destroços e escombros talvez seja possível o surto de novas diretrizes e novos rumos para a humanidade, certamente mais condizentes ao pomposo rótulo de civilização.