Em resumo: desmoralizada irrevogavelmente nos seus dois últimos períodos (Luiz XV e Luiz XVI), a realeza absoluta acarretara a miséria e a desgraça do povo francês; fracassada apesar das suas Assembleia Legislativa, Convenção Nacional, Junta de Salvação Pública e Comuna de Paris, a república levara o povo à descrença e ao desespero; ameaçada pelas coligações extrangeiras que lhe queriam impor a realeza decaída, reduzindo-lhe assim a frangalhos a soberania, a França lançou-se nos braços do exército que foi então a sua providência e dentro dele nos braços de Napoleão que era o mais insígne e glorioso dos seus generais.
Que a lição aproveite aos homens que governam atualmente o Brasil e aos que governarem daqui em diante, para que eles o encaminhem às suas finalidades de acordo com os ensinamentos da História e suas leis, evitando-lhes desgraças que podem ser irreparáveis como as frequentes revoluções que poderão levá-lo ao desmembramento e à dissolução.
Desmoralizado no Brasil o regime republicano presidencial com os seus três poderes políticos falidos na prática, principalmente pela dispersão dos esforços dos cidadãos em rumos diversos, sem ter conseguido dar ao país a coesão que ele precisa, só um prolongado e bem orientado regime ditatorial poderá dar-lhe as necessárias homogenidade e unidade imprescindíveis à formação de uma grande nação.
E isso ficará evidenciado desde que se considere a impossibilidade de retrogadar a qualquer regime monárquico e a um regime republicano parlamentar.
E isso nos levará seguramente a um regime republicano presidencial puro, com um só poder dirigente, governado dentro de uma constituição liberal, porém que dê a esse poder uma grande soma de autoridade e uma grande soma de responsabilidade correlativa.
Esse será o regime final.