se processaria nova organização político-social, mais consentânea com o grau de civilização já atingido e cujos pródromos podemos filiar à Renascença.
Os povos não tinham liberdade. Eram governados discrecionariamente e despoticamente pelos reis e senhores. O mesmo acontecia aos indivíduos, escravizados à vontade desses reis e senhores, não para o serviço do povo ou da pátria, porém para o serviço pessoal dos dominadores e mandões do tempo. Homens e povos não tinham direitos e sim deveres a cumprir em obediência às exigências quaisquer dos chefes e chefetes de todas as categorias, interesseiros, egoístas e desumanos.
Dessa situação vexatória entenderam povos e homens dever sair, desde então julgando-se capazes de agirem por conta própria. Daí dimanou a primeira e principal aspiração — a Liberdade.
Achavam-se os homens no século XVIII separados e divididos em castas ou classes: aristocrática, sacerdotal, militar e plebe. A plebe era constituída pelo povo, sem liberdades e sem direitos, joguete das ambições das outras classes sociais. Não passava de uma coisa ao alvedrio destas, que desfrutavam o melhor do produto das atividades daquela. Proprietários e propriedade.
Com a ascendência porém sempre crescente do povo a plano superior, já ciente e consciente das liberdades e direitos que lhe deviam caber, a igualdade das classes sociais tornou-se aspiração geral entre os plebeus, vencedores na Grande Revolução.
Daí promanou a segunda aspiração e o segundo termo da trilogia — a Igualdade.
Adquiridas e asseguradas as liberdades e igualdades políticas e sociais entre os homens, isto é, as liberdades e as igualdades possíveis dentro das verdades científicas, regidas pelas leis naturais inexoráveis que