As forças armadas e o destino histórico nacional

velozmente rumo ao Ocidente, alcançando o vale do Mediterrâneo, onde se fixou e se aperfeiçoou durante muitos séculos, até que chegasse ao Atlântico.

Não pode ser segredo para os estudiosos que a marcha da Civilização obedece a uma lei cujo enunciado pensamos dever ser o seguinte: A Civilização nasceu no Oriente e marchou rumo ao Ocidente seguindo sempre os mais fáceis meios de comunicação, em busca das riquezas e matérias primas que aumentassem o bem estar da humanidade, fixando-se durante essa marcha em diversas regiões enquanto as riquezas de cada uma lhe permitissem a satisfação das necessidades, devendo retornar ao ponto de partida depois de percorrer o mundo, servindo-se de todos os meios de comunicação existentes e em posse de todos os bens materiais, mentais e morais adquiridos.

Explica-se desse modo a longa permanência de civilização no Mediterrâneo, onde os povos egípcio, fenício, caldeu, grego, cartaginês e romano, tiveram, cada um por sua vez, sua época de grande explendor e de poderio. Os meios de locomoção a seu alcance foram os marítimos e os povos vencedores foram sempre mais fortes no mar.

Quando os bárbaros invadiram o Sul da Europa e a Europa Ocidental, a Civilização Romana, a última, mais brilhante e mais duradoura do Mediterrâneo, já estava em franco declínio, corroída pelos excessos de toda ordem, denegrido o caráter dos romanos que tanto se haviam distinguido pela austeridade dos costumes, mergulhados depois no luxo, na devassidão, na indisciplina, na desordem.

Com a decadência do Império Romano, se divide ele em Império do Oriente e Império do Ocidente (ano 395 da era cristã). Durou este 81 anos, extinto em 476, pondo fim à primeira grande divisão da História, isto é, à História Antiga.