ao abrigar-se para o sono e descanço. Precisou, por isso, bem cedo, precaver-se e preparar-se para o ataque e defesa.

As cavernas que habitou, as palafitas que construiu e os instrumentos que inventou e fabricou, revelam a preocupação da humanidade primitiva em melhorar as suas condiçães de existência.

Assim foi iniciada a civilização, que os homens, ao se locomoverem em busca de melhores climas, de terras mais fartas e de abrigos mais seguros, iam levando a novas paragens, a cada etapa vencida correspondendo qualquer melhoramento no seu bem estar. Não discutiremos o local provável em que se tenha originado, se no Sudoeste da Ásia como reza a Bíblia ou se em outro quadrante dessa região. Acreditamos entretanto tenha ela surgido no Oriente remoto, na Índia ou em suas proximidades, talvez às margens do Ganges, e que tenha descido até encontrar o mar, onde se deteve necessariamente por muitos anos. Dados os perigos constantes que deviam perseguir os homens nos seus deslocamentos por terra, onde as imensas florestas virgens povoadas de animais bravios formavam sérios empecilhos a esses deslocamentos, é lógico pensar que eles seguissem as costas marítimas e que bem cedo se houvessem aperfeiçoado na construção de embarcações. Isso é aceitável principalmente tendo em vista que os nossos ancestrais dessa época não dispunham de armas eficientes para sua defesa a não ser a astúcia e o raciocínio, qualidades que, antes de outras, se deveriam ter desenvolvido entre eles.

Se assim foi, como pensamos, percorreram eles as costa oriental e ocidental do Hindostão, penetraram nos golfos de Oman e Pérsico e subiram os rios Eufrates e Tigre. Estabelecidos na Mesopotâmia, aí desenvolveram sem dúvida uma atividade notável, criando uma incontrastável civilização que se propagou mais