As forças armadas e o destino histórico nacional

dentro de um ambiente mais carregado de animosidades e ódios, entre os descendentes de portugueses e espanhóis.

A 24 de novembro de 1835 o governo argentino notificou ao brasileiro a incorporação pura e simples da Banda Oriental à República Argentina, originando a guerra entre essa nação e o Império, presos então os dois povos pelos prejuízos do ódio que se votavam, consequentemente a desconfianças que só ultimamente se vão dissipando a largos passos, compreendendo ambos afinal que precisam aliar-se e seguir unidos, porque a isso os fadou o destino. Essa guerra terminou com o tratado do Rio de janeiro de 27 de agosto de 1828, sob mediação da Inglaterra, pelo qual foi reconhecida a independência da Banda Oriental sob o nome de República Oriental do Uruguai.

Durante as lutas intestinas que determinaram a D. Pedro I a abdicação e durante as que irromperam ao tempo dos governos regenciais, não cessaram as animosidades entre brasileiros de um lado e argentinos e uruguaios de outro, sempre em hostilidades recíprocas, não perdendo ocasião para se ofenderem e se malquistarem.

No reinado de D. Pedro II não se apagaram os ódios, arrefecidos apenas nos últimos anos, permanecendo ora latentes ora evidentes as malquerenças de parte a parte.

Em meio do século XIX era ditador da República Argentina o General D. João Manoel Rosas, em cujo cérebro tomara vulto a ideia da criação do vice-reinado de Buenos Aires, a ele devendo ser incorporadas as repúblicas do Paraguai e Oriental do Uruguai, tendo certo aquele ditador o auxílio de D. Manoel Oribe, que se havia insurgido contra D. Fructuoso Rivera, presidente do Uruguai, reduzindo-o apenas à posse de Montevidéu.