As forças armadas e o destino histórico nacional

que demandarão grandes esforços e imensa boa vontade por parte de todos, após a formação de um ambiente propício, o que só por si exige demarches e discussões demoradas.

Daí se conclui a inocuidade dos congressos de desarmamento para resolução de um problema que exige previamente a de outros que lhes são necessários correlatos e cujas incógnitas entrarão sem dúvida, depois de determinados os seus valores, como dados conhecidos na equação daquele.

O estabelecimento do problema do desarmamento só se tornará viável e suscetível de resolução depois que as nações tiverem suprimido todas as causas das guerras, as quais permanecem intactas desde o começo dos tempos históricos, antes acrescidas de novas causas que a formação das nacionalidades vai criando no tempo e no espaço, aumentando as possibilidades de novas lutas, cada vez mais cruentas e destruidoras.

Inexplicavelmente começaram os políticos a construção da abóbada do edifício da paz justamente pelo fecho, que é o desarmamento, como se estivessem loucos, porque a cegueira nesse caso só é admissível se proveniente da perda da razão.

As forças armadas são pois hoje mais do que nunca necessárias e imprescindíveis para que as nações se defendam e estejam a cavaleiro dos ataques daqueles que só se norteiam pela ambição de domínio e de conquistas, seja para gáudio do seu egoísmo feroz, seja para satisfação das suas necessidades.

De duas uma: Ou pomos em equação naturalmente em ordem sucessiva e lógica, todos os problemas da paz, resolvendo-os definitivamente sem complicações e sem tergiversar, ou então nos armemos cada vez mais e melhor se não quisermos sucumbir esmagados pelos que pregam a paz aos outros, aumentando ininterruptamente os seus efetivos militares — exércitos, marinhas, aviações e engenhos de guerra.