se refere a máxima parte da população. A Constituição garantiu-a a todos os cidadãos. O esforço empregado pelos legisladores e pelo governo para distribuí-la convenientemente a todas as classes não é mais que um cumprimento de uma promessa solenemente feita por ocasião de formar-se o Estado e assentarem-se as bases da nossa comunhão política. Sinto pois ter-vos de dizer (à Assembleia Geral Legislativa) que as condições da instrução primária nesta Corte estão ainda longe de satisfazer as necessidades sociais. Temos poucas escolas, e mesmo nestas não se obtém os resultados, que poderiam apresentar, por falta de bons professores. Sem desconhecer os louváveis esforços de alguns, que se interessam pelo adiantamento dos alunos, deve observar que muitos não fazem mais por culpa que não é deles. Não pode haver boas escolas sem professores que saibam ensinar, e ninguém pode ensinar, e menos ainda ensinar bem, sem ter aprendido não só as matérias do ensino, mas o método de ensiná-las. Diz-se geralmente que para ensinar pouco é preciso saber muito. Não se tem atendido a isto, e menos a que a condição primordial em quem ensina saber ensinar. O aluno dado por pronto está no ocaso de ser nomeado adjunto do primeiro ano, reputa-se saber bem a leitura, a escrita, gramática, aritmética, história sagrada, doutrina cristã, sistema de pesos e medidas, e método de ensino que o professor atual pode ensinar-lhe. Ensinando-se porém pouco e mal, e aprendendo-se ainda menos e pior, a consequência é que a superioridade relativa dos que sobressaem não pode garantir suas