A instrução e o Império - 2º vol.

A inspeção atualmente não tem a necessária eficiência; convém torná-la mais ativa e assim o exige a obrigatoriedade escolar.

Diz o ministro que é dos mais rigorosos quando se trata de elevar as despesas públicas, mas não terá pena do que se gastar com a instrução.

É um empréstimo feito ao futuro, que será pago com usura, cujos juros crescerão em proporções indefinidas. Não sabe de país algum onde proporcionalmente se despende tão pouco com o ensino público como o Brasil.

Pede dois créditos, um para construção do edifício da universidade e outro para ir levando a efeito os outros melhoramentos da instrução pública.

Sugeria o ministro a mudança do internato do Imperial Colégio Pedro II "para lugar mais apropriado, situado serra acima na província do Rio de Janeiro ou na de Minas Gerais".

Como argumento irrecusável, decisivo a favor do projeto e para que tratemos desveladamente do importante assunto da instrução pública, apresenta Paulino de Souza os resultados gerais dos dados estatísticos que a administração possui; o ensino superior contou no ano de 1869, 1.648 alunos dos quais 134 matriculados nos cursos de farmácia; a instrução secundária teve nas províncias 9.753 alunos e na Corte 3.158. Total 12.911. Os mapas do ensino primário dão as escolas públicas e particulares como frequentadas nas províncias por 106.624 alunos e na Corte por 9.311. Total: 115.935.

Projeto — "Fica criada na capital do Império, uma Universidade, que se comporá de quatro