lei geral." O governo não se contenta em auxiliar, em promover indiretamente; intervém de modo positivo na instrução primária e secundária das províncias. Impugna a liberdade de ensino. "O dispositivo do projeto acerca do ensino livre abre as portas do charlatanismo e à impiedade. Um charlatão, um impio, um desabusado, arvora-se em mestre, mediante simples folha corrida, sem apresentar um atestado de conduta, um documento de capacidade, uma prova de terem sido preenchidas as condições de higiene necessárias para a escola que inauguram... Os maus resultados aparecem, o mestre perverte a criança com o exemplo, com atos repetidos de imoralidade." Não há no projeto, diz o deputado pernambucano, uma palavra sobre o ensino religioso. Impugna a obrigatoriedade do ensino. "As famílias pobres, e estas são em maior número, podem não ter meios para mandar seus filhos à escola; com grande sacrifício conseguem mantê-los, tendo em compensação a sua companhia e os pequenos serviços que eles podem prestar. É contrário às escolas de trabalho para o sexo feminino. Ao trabalho profissional podem aplicar-se as mulheres que deles necessitam, visto que há nas fábricas, oficinas e estabelecimentos particulares, onde elas exerçam diversos ofícios e misteres, sem ser necessário a criação de escolas, com aumento da despesa pública. "Condena as escolas mistas. "Temos aí mais uma obra da moderna civilização, apesar do clero católico e vários sinodos recomendarem constantemente a separação entre meninos e meninas, pelo menos, a separação dos bancos."