tal entre a educação e a riqueza, entre as finanças e a escola, não nos faltarão com o cansado e inepto argumento da escassesz de nossas finanças, da condição minguada e crescentemente precária do erário nacional. Mas de onde, senão dos sacrifícios atuais que vos aconselhamos, havereis as futuras melhoras cujo cuidado vos preocupa? Sem largo e larguíssimo desembolso, não há reorganização possível do ensino. Sem a refundição liberal das instituições docentes, não existe, na órbita da ação humana, possibilidade real de prosperidade financeira. Quem não se possuir da evidência deste dogma, não insista em enganar o país com o propósito falso de reformas, que é tão incapaz de recusar, quanto de compreender. A mais malfazeja de todas as espécies de avareza é a que negocia ao ensino os instrumentos do progresso; porque, para nos servirmos da fórmula anunciada pelo representante de um centro comercial, cujo espírito utilitário não pode entrar em dúvida, "o dinheiro empregado na instrução não rende cinco ou seis por cento, mas cinco ou seis mil por cento. "Exíguos núcleos da população, como os cantões suíços, o de Zurich por exemplo, podem ufanar-se dos seus museus pedagógicos. Será possível que as instituições que nos isolam no continente americano, se honrem com o contraste em que nos coloca a ausência absoluta da mínima tentativa no sentido de uma criação desta natureza? "Assim falávamos em 12 de setembro de 1882. A comissão de instrução pública não podia ser mais incisiva, mais enérgica, mais cabal na manifestação da sua ideia; e o projeto que fecha o parecer, traça, nas suas proporções essenciais, o