à parte científica dos estudos, visto que essa aplicação só em outro lugar seria possível. Para que o Liceu Pedro II possa formar os profissionais a que alude a comissão, fora preciso que os alunos ali chegassem com um preparo científico, que não pressupõe a organização dos estudos. Na Escola Politécnica, onde aliás existe um curso anexo destinado a suprir a deficiência do ensino inferior, não são tão frequentes as reprovações dos alunos precipiantes, nem são tantos os alunos que deixam de realizar os seus desejos, senão porque lhes falte base para os estudos que querem seguir. Resta o expediente adotado pela comissão, de fazer o Liceu ensinar matérias próprias do ensino inferior; mas daí o inconveniente desse acumulo de matérias que retardam o fins dos estudos, e não suportar a inteligência, ainda fraca, dos meninos. Seja o ensino inferior o vestíbulo do superior profissional de qualquer qualidade, é o que nos cumpre fazer. Mas, organizado o ensino inferior de modo que forneça a base a todos os estudos superiores e profissionais, cuidemos de simplificar estes quanto possível, restringindo a sua esfera de ação à especialidade da carreira que o aluno tem de seguir.
Nos cursos de medicina propõe a comissão que se formem doutores e médicos cirurgiões parteiros. Entendo que se deve manter a defesa de teses para todos os alunos aprovados no curso médico, como condição de obterem o grau de doutor; e que assim procedendo ainda nos mostremos mais exigentes que outros países, onde essa formalidade não é necessária. Nada se lucra com a inovação; entretanto não será sem quebra de prestígio