A instrução e o Império - 2º vol.

tem competidores, que nos darão grandes prejuízos, se não chamarmos a atenção do povo para outras indústrias. O projeto procura tornar o Brasil um país industrial; manda difundir ensino próprio a cimentar e desenvolver todas as indústrias, desde a extrativa até a que depende das mais difíceis combinações científicas. É o nosso exército ignorante e pouco desejado como carreira, já porque as companhias são formadas de analfabetos e homens de baixa condição, já porque isso impossibilita aos mais antigos o acesso da baioneta para a espada. Depois que a instrução for geral, poderá qualquer moço bem nascido alistar-se nas fileiras do exército, na certeza de que, se não por atos de bravura, ou obras de mérito notório, a simples lei de antiguidade, o fará chegar aos postos. Não temos marinha mercante, porque nunca tratamos de desenvolvê-la, e acabaram por entregá-la ao estrangeiro. As escolas de navegação e construção naval que proponho, além de tirarem a nossa cabotagem do abatimento em que se acha, acordarão no espírito público a ideia de levar o nosso pavilhão às mais remotas regiões do globo. Tantos países plantam algodão, que só vejo um meio de sustentar-se a produção desse têxtil, já hoje insignificante, fazer-se o Brasil manufatureiro. As escolas de fiação e tecelagem prestarão o grande serviço de reanimar a produção de algodão e habilitar o país, por um lado a consumir o seu produto, por outro, a dispensar ou diminuir a importação de tecidos estrangeiros. A nossa indústria pastoril jaz no seu estado primitivo, parecendo que para ela não há progresso nem melhoramento algum, quando é