A instrução e o Império - 2º vol.

certo que, se procurassentos desenvolvel-a acordo com os princípios da ciência, poderíamos fazer dela um importante ramo de comércio externo. Para cultivar, melhorar e aumentar a nossa criação, para colocar o Brasil a par dos países do Prata, na exportação do charque, graxas, ossos etc, e habilitá-lo a dispensar o fornecimento que ali vai fazer dos animais necessários a sua cavalaria, dependência que nos humilha, e em certas circunstâncias pode ser funesta, é que proponho escolas de zootecnia e veterinária nos nossos principais centros criadores, as províncias do Rio Grande do Sul e Piauí, e faço entrar o ensino daquela ciência nas escolas de agricultura espalhadas no Império.

Temos um professorado que é uma irrisão e uma lástima, porque, salvas honrosas exceções, compõe-se de pessoas, que não estão na altura desse sacerdócio, que só entram para ele por falta de habilitação para outra carreira. A ereção de escolas normais em todas as províncias, nos dará professores dignos deste nome, educadores que compensarão o sacrifício da sociedade, dotando-a de cidadãos úteis a si e a pátria.

Educada a juventude de modo porque proponho, como os cidadãos destinados a profissões mais elevadas teriam de fazer uma jornada científica para muitos impossível, a mediocridade não chegaria a estudos superiores; e os estudos superiores dotando a sociedade de profissionais seriamente preparados nas respectivas carreiras, só abririam as portas da alta política a homens de mérito notório, com proporções para serem verdadeiros