A instrução e o Império - 2º vol.

habilitados; o que se não poderá alcançar senão por meio de um ensino normal, bem constituído. É esta uma vital necessidade do ensino público, visto que a escola e o mestre; e onde não os houver capazes, deve-se contar com o malogro de todas as tentativas de reforma. Não basta uma escola normal aqui na Corte; e uma vez que os recursos das províncias não lhes permitam organizá-las de modo conveniente e proveitoso, organize o governo geral, ou auxilie as províncias que adotem o seu programa, e sujeitem-se a sua inspeção. Deste modo se realizará o pensamento de se aliviarem as províncias de todos os encargos da instrução que não seja primária. A organização do ensino secundário deve ser determinado pelo seu fim, o qual consiste em espalhar os conhecimentos gerais indispensáveis a todas as classes e profissões sociais; e em preparar para a admissão nos cursos de ensino superior. É conhecida a controvérsia acerca, do programa do ensino secundário; uns querem imprimir cunho mais cientìfico que literário, e outros em vez disto, mais literário que científico. Sem envolver-me na disputa de humanistas e realistas, entendo que o ensino secundário não pode ser difundido em um só molde, variando, como variam efetivamente, as profissões daqueles a que se destinam... Persuado-me que se adaptaria às nossas circunstâncias, uma organização que constituísse o Colégio Pedro II, convertido em liceu, um modelo para iguais estabelecimentos nacionais e provinciais. Nesses estabelecimentos criados ou subvencionados pelo Estado, se instituiriam, além dos cursos de letras e ciências, cursos especiais destinados