À Margem do Amazonas

toda aquela gente; que mata aos poucos, ora numa hepatite dolorosa com a icterícia a escurecer a epiderme; ora numa caquexia mumificadora; ora numa ascite lenta e fatal, o ventre disforme, tenso, timpânico, contendo dez, quinze litros de líquido; ora, enfim, terminando em poucas horas todo o martírio, num acúmulo de plasmódios obturando capilares essenciais à economia e determinando, conforme a localização e a veemência, os acessos hiperpiréticos fulminantes, apopletiformes, algidos, comatosos — manifestações terríveis da forma perniciosa.

Um desses povoados, com o nome dolorosamente irônico de Vista Alegre (aonde perdeu a vida o grande sábio que idolatrava o Amazonas — Koch-Gruenberg — fulminado por um desses acessos) está hoje absolutamente abandonado, em ruínas.

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Todo esse trecho, quase deserto, aonde se navega três, quatro horas, sem se avistar uma pequena barraca, está destinado a um despovoamento