PELAS FRONTEIRAS
No oeste amazônico, aonde o Solimões, o Javary, o Putumayo, vão sinuosamente estendendo as longas faixas líquidas que limitam o Brasil, o Peru e a Colômbia, há um trecho de terra que sempre foi um perigo para a paz do continente, tal como foi o chaco Paraguaio.
Nesse remoto recanto da planície o tempo não pode abafar o rancor que malquistou dois países — Colômbia e Peru, desde 1830, quando o primeiro exigia o cumprimento do Protocolo Mosquera-Pedemonte que estabelecia as linhas divisórias.
Desde então, há mais de um século, vem rolando pelas chancelarias das duas nações, em publicações que formariam uma biblioteca de muitos volumes, esse pleito insolúvel e enfadonho.