O Visconde de Sinimbu: sua vida e sua atuação na política nacional

Solidário com a revolução, Vieira Dantas tratou de reunir elementos de guerra, armas e munições, no seu e municípios vizinhos. Sua mulher ficou com o encargo da propaganda. O general Carlos de Campos, no seu livro Heroínas Brasileiras, acentua essa missão apostolar de D. Ana Lins e a maneira inteligente e patriótica com que dela se desempenhou, levando ao seio das famílias circunvizinhas a ideia revolucionária. Esse papel não teve nem uma mulher na capitania.

Pelos engenhos, vencidas as distâncias a cavalo, pelos péssimos caminhos de então, a mãe de Sinimbu fez a propaganda da revolução, animando os receosos, convencendo os descrentes, transmitindo aos vacilantes a sua fé e o seu entusiasmo. Fez prosélitos numerosos. Aos escravos prometeu alforria, para que pegassem em armas como homens livres.

Mas as medidas militares, vertiginosamente tomadas pelo Conde dos Arcos e a atitude do ouvidor geral Antonio Ferreira Batalha, em Alagoas, foram um contragolpe seguro na revolução. As devassas, os sequestros, as prisões já numerosas; o fuzilamento de um parente de Vieira Dantas em Barra do Jiquiá; a marcha acelerada das forças legais; a reunião de batalhões em Maceió e outros pontos da comarca; a organização de um governo regional, dando a todos a impressão da autonomia do território alagoano, que o rei, fatalmente, sancionaria, após a jugulação do movimento, deixaram Vieira Dantas isolado, por onde andava, a cata de elementos de combate. Por toda parte a notícia da contrarrevolução mudava o rumo dos acontecimentos. Os mais comprometidos faziam

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