protestos escritos de fidelidade à realeza, pedindo-lhe perdão do impulso patriótico da primeira hora. Quase só, Vieira Dantas não pôde regressar ao seu engenho. Seria meter-se imprudentemente, na boca do lobo, que já havia devorado diversos na comarca.
Não podendo reagir de armas na mão, não se desdisse, desmanchando-se em protestos de fidelidade ao rei, como todos estavam fazendo. Por onde andava se deixou ficar, firme nas suas convicções, até que a anistia lhe permitiu o regresso.
O que nesse episódio histórico distingue Vieira Dantas da multidão de revolucionários, mais ou menos oportunistas, é a sua firmeza de convicções. Enquanto muitos, como ele seriamente comprometidos, se desfaziam em protestos de fidelidade à Coroa, ele ficou isolado nesse tumulto de dedicações covardes. Isolado e mal visto por muito tempo.
Decorridos sete anos, Vieira Dantas achava-se de novo comprometido com outra revolução, a da Confederação do Equador.
"As tendências separatistas de Pernambuco eram notórias e nenhuma província preocupou mais por esse lado a regência de D. Pedro I, assevera, com sua indiscutível autoridade, Oliveira Lima. Essa tendência pronunciou-se em 1817 e ficou no espírito democrático dos orientadores do pensamento político de Pernambuco. Em 1824 a ideia de separação, atentando desembuçadamente contra a integridade territorial do Império, acentuou-se na sublevação que se ficou chamando, Confederação do Equador e Pedro I jugulou com excessiva crueldade.