O Visconde de Sinimbu: sua vida e sua atuação na política nacional

Esse espírito separatista, apesar da repercussão dos pronunciamentos pernambucanos em Alagoas, nunca influiu no ânimo e nas atitudes dos seus dirigentes. As lutas nacionalistas que se desencadearam na província e as agitações democráticas que conturbaram a tranquilidade regional jamais atentaram contra a unidade do Brasil. Aliás, essas lutas não sairam do círculo provinciano. Foram conflitos e arruaças jacobinas no sentido de anular a preponderância lusitana no ambiente regional.

Quando irrompeu a revolução de 1824, primeiramente com caráter puramente local, achava-se no governo de Alagoas a Junta que substituíra violentamente o governo instituído em 1822 e fora composto pelos elementos radicais da província, com o concurso de Vieira Dantas. O padre Assis Barbosa presidia a administração, imprimindo ao governo o espírito conservador que a guindara por um golpe de força. Era uma situação inteiramente antagônica às ideias e ao predomínio político da família Vieira Lins.

Paes Barreto ajudara a consolidação desse governo. A Junta Governamental de Alagoas, pois, não podia, no dissídio pernambucano, negar seu apoio ao morgado do Cabo. Aos governantes da pequena província não convinha, ou não interessava, a indagação de que a monarquia se desmandara no absolutismo, com a dissolução da Constituinte. Por comodismo ou por fidelidade ao monarca, bastava-lhe a promessa imperial de que, quanto antes, seria dada à nação uma Carta Política mais liberal que o projeto andradino, o que efetivamente se verificou. Quanto ao mais os acontecimentos pernambucanos desenrolados à revelia

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