"A doutrina que concede a qualquer nação o direito arbitrário de excluir as outras das estradas comuns do mundo, é em se mesma monstruosa", como já o disse um escritor americano.
O adversário de uma tal política é o mundo. De que nos vale que a França ou Inglaterra tenham propagado outrora, hajam observado ou observem a mesma doutrina? Pois são os seus escritores e os seus jornais justamente que mais se deleitam em censurar-nos a imitação. Ainda recentemente um dos mais autorizados órgãos da imprensa europeia pode dizer que o nosso ciúme português estremece com a revelação das grandezas do Amazonas, e prefere murar as suas riquezas a vê-las prosperar nas mãos de outros (29)Nota do Autor.
A história, porém, não fará aos governos contemporâneos e aos atuais estadistas do Brasil a injustiça de imputar-lhes tão mesquinho sentimento. Graças a Deus, na atmosfera da nossa sociedade política, renovada pela imprensa e tribuna livres, vibram de contínuo os ecos dos progressos que o mundo faz por toda a parte; e há corações entusiastas, liberais sinceros, espíritas animados de fé viva, a quem os sons do ruído universal agitam, comovem, animam e levantam. A liberdade do indivíduo como a liberdade dos povos,