O preço do mercado em Manaus é, porém, ainda mais elevado do que isso; por quanto, cumpre lembrar que esse mercado é menor, e deixam menos lucro as transações de detalhe; que há ainda ali os impostos locais sobre casas de comércio e canoas de regatão, que encarecem as mercadorias; que acrescem as avarias nas cargas e descargas; e que tudo isso se ajunta para exagerar o valor dos objetos. É assim que alguns gêneros, viveres por exemplo, se vendem 100% mais caros no Solimões; tais são o café moído, o açúcar, etc.
Que em tais condições possa facilmente aumentar o consumo, é o que ninguém acreditará. Abaixar os direitos será um alívio proveitoso aos consumidores, e auxílio indireto para a elevação da receita pela elevação da importação. Permita-se a Manaus o comércio direto com um abatimento de 50% nos direitos, e a capital do Solimões tornar-se-á o empório de toda essa redondeza, de Venezuela e Peru até à Bolivia, do Rio Branco e do Rio Negro, do Ucayali e do Huallaga, do Napo e do Potumayo, do Madeira e do Mamoré.
Elevando Manaus à categoria de alfândega, é, pois, necessário conceder-lhe:
1° — a redução dos direitos de consumo, em favor da importação direta, até 50 % pelo menos dos das demais alfândegas;
2° — a faculdade de aí entrarem por trânsito, como no entreposto do Pará, mercadorias