Entretanto, apesar dessa enorme desproporção, cumpre advertir que a, subvenção da Companhia Brasileira de Paquetes é muito elevada á vista da de outras empresas nacionais. Eis aqui algarismos do relatório do Ministério das obras públicas em 1866 (p. 184).
Na linha do sul, a citada Companhia Brasileira de Paquetes percorre do Rio a Montevidéu 58,320 milhas anualmente, e recebe a subvenção de 288:000$000, ou 4$938 por milha.
A Companhia Maranhense, navegando 20,136 milhas nas costas setentrionais do Império, percebe 120:000$000, ou 5$975 por milha.
A Bahiana, com 36,912 milhas, e a Pernambucana com 47,124, gozam da subvenção de 84:000$000 a primeira, e de 134:000$000 a segunda, ou 2$275 por milha para uma, e 2$843 para a outra.
Finalmente, a Companhia Americana que mensalmente liga o Rio de Janeiro a New York (United states and Brasil mail steam, ship C°), navegando 129,600 milhas, com um serviço muito mais dispendioso que o das linhas costeiras e fluviais, apenas recebe 200:000$000 do governo brasileiro e 300:000$000 do norte-americano; o que faz 3$935 por milha de navegação.