fortes, artilharia, frotas, desse arsenal de chaves e ferrolhos velhos, com que trancamos a porta à civilização do século. Presumo haver assinalado o erro fundamental dessa doutrina funesta, que é a história do cão na mangedoura. Não voltarei a essa discussão geral, porque não há quem se proponha domar a rotina ou convencer a má fé; a primeira esmaga-se, e a segunda pune-se arrancando-lhe a máscara. Para assinalar, porém, o outro lado da questão, pretendo agora indicar a importância atual das nossas províncias ribeirinhas; vêr-se-á do quadro ligeiro da sua situação que o que mais reclama a medida do livre comércio do Amazonas, é o próprio interesse do Brasil, e que pois essa medida deve ser decretada como cousa sua, como ato da sua soberania, necessário ao bem estar dos povos e ao desenvolvimento da riqueza pública.
I
Província do Pará. — População e comércio. — Rendas gerais e provinciais. — Produções. — Reflexões sobre os produtos naturais e o futuro econômico do Amazonas.
Em um dos últimos documentos oficiais da província do Pará avaliava-se em mais de 200.000