O Vale do Amazonas

muito promete, mormente pela navegação e comércio com Mato Grosso, donde desce o Tapajós. A este respeito darei algumas informações no Capítulo VI, § I.

Santarém planta e colhe o cacau; colhe também a castanha e a goma elástica, etc. Cria muito gado, e já possui um engenho de açúcar movido a vapor. O gado, que aí encontra bons pastos, poderia constituir um excelente ramo de comércio, se fosse o transporte fácil; entretanto já os paquetes o levam regularmente para Manaus e para Belém. Mas o futuro de Santarém é o de um verdadeiro país agrícola. Já se experimentou ali o plantio do algodoeiro, cujo produto pareceu bom. A duas léguas ao sul de Santarém correm as montanhas que, começando adiante de Gurupá, á margem esquerda do Xingú, se prolongam até o Tapajós. Essas montanhas são ainda mais férteis que as outras da margem setentrional do Amazonas, no município de Monte Alegre. São magníficas para a cultura. Estão cobertas de vastas florestas. Ao sul delas estendem-se imensas planícies de espessas matas e árvores gigantescas, desertos que ainda não devassou nem conhece o homem civilizado. Situada em terra firme (não alagada na enchente), que gradualmente se eleva até as montanhas de que faliu, à beira de dous grandes rios, pois que uma parte está voltada para o Amazonas e outra para o Tapajós, em um lugar varrido por brisas frescas e constantes, Santarém