O Vale do Amazonas

Escravos de Tonantis e de Fonte Boa tem fugido para o alto Içá, nos domínios daquela república. Alguns granadinos descem às vezes em ubás, e vem a Tefé ou a Fonte Boa comprar ferro, instrumentos, armas, vinhos, sal, etc. Nova Granada, pois, tem dous caminhos para o Amazonas: o Rio Negro, que serve principalmente a Venezuela e estende um braço para o território daquele país, e o Içá.

No distrito de Tabatinga apenas se contam 624 habitantes. Em São Paulo de Olivença, que fica pouco antes dessa fronteira, há pouco mais de 1.000. Entretanto, São Paulo, situada na margem direita do Solimões, é afamada por seus excelentes pastos, grande fertilidade, e bom gado. Situada sobre uma colina, cercada de outras, com vales profundos, é um sítio ameno e fresco.

Toda a importância do Alto Amazonas, porém, se resume em Manaus.

A cidade de Manaus (antiga vila da Barra do Rio Negro) cresce todos os dias. Era em 1852 uma aldeia insignificante; o censo de 1865 lhe dá 2.080 habitantes. Neste total há 157 escravos. Distinguem-se aí 844 brancos, 700 índios, 280 mestiços e 256 pretos. Para autorizar o que já disse sobre a estatística do Amazonas, transcreverei o seguinte quadro fornecido pelo secretário da polícia: