O número de casas de comércio não é pequeno, mas os seus capitais não são grandes. Segundo um mapa da mesa de rendas, que tenho presente, das 73 casas de comércio lançadas nessa repartição, 43 eram portuguesas e apenas 27 Brasileiras; havia mais 2 outras estrangeiras.
A importação e exportação que se fazem por Manaus, são quase a metade do comércio da província inteira, mas não excederam no exercício de 1864-65 da pequena soma de 887:511$000. A importação foi de 744:656$000. Nesta soma há 4:035$000 de produtos do Peru, a saber, 512 chapéus de palha e 395 arrobas de peixe seco, e 9:910$000 de artigos de Venezuela, a saber, redes, piaçaba, etc. Com exceção dessas parcelas, o mais foi procedente do Pará. A exportação é que ainda foi menor; não passou de 142:856$000, representados pelos produtos da província, sendo que só a insignificante soma de 652$000 se destinou ao Peru. O mais foi remetido para o Pará.
Pequena embora, Manaus ocupa uma situação extremamente pitoresca e um ponto geográfico da maior importância. Como São Luiz no Mississipi, ela domina o largo espaço da nevegação interior pelo Solimões e pelo Rio Negro, vê o Madeira internar-se pelo coração da Bolívia, o Purús cortar o Peru, e tem a quatro dias de distância o porto do Pará. Criando a capital de uma província, lançava-se talvez a primeira pedra de um grande Império, em