compaixão, como pedia o preclaro publicista maranhense (54)Nota do Autor, ao menos por piedade e compaixão não apliquemos a esses desertos o ferro em brasa da nossa política. Não são as nossas livres instituições, não é o jogo democrático de um sistema baseado sobre a eleição e a liberdade individual, as causas verdadeiras dos lamentáveis abusos da política provincial: é a tendência comum dos governos geral e local para se apoderarem dessas armas e dessas instituições em seu proveito, ou no de seus amigos; é a organização administrativa, a judiciária e a policial combinadas para comprimirem ou corromperem a vida popular. De modo que assim a imoralidade acompanha as instituições democráticas para perturbá-las e desacreditá-las. Post hoc, ergo propter hoc: da coincidência das duas cousas conclui-se contra os inconvenientes do sistema liberal. Não declamemos, porém, contra o regimen constitucional aplicado ao país inteiro, sem distinção entre provincial e território. Mas protestemos contra o procedimento dos governos, o principalmente contra certas escolhas de funcionários e certas condescendências criminosas.
Já que o governo aspira à onipotência, que lhe pertença inteira a responsabilidade. Que ele não esqueça que o Amazonas tem fome de justiça e de polícia. O juiz político ou