de rodagem), e dizei-me se o comércio da parte oriental do Peru não se encaminha todo para o Amazonas.
Segundo Raimondi, o principal cuidado do governo do Peru deveria ser melhorar os três principais caminhos que descem dos departamentos da cordilheira para as margens do Huallaga e do Ucayali, assim como as vias interiores do departamento de Moyobamba que sobem dos portos fluviais para as povoações das montanhas. Entre esses caminhos interiores há um que merece atenção especial; é o de Moyobamba a Balsapuerto, pouco maior de 12 léguas, e entretanto tão ruim que parece ter mais de 20. É intransitável por aniamis; forçoso é transpô-lo a pé, e assim o fazem os viajantes e os míseros índios carregando volumes para a cordilheira. Balsapuerto é o porto de um confluente do Paranapuras, afluente do Huallaga. As canoas e barcos, não podendo transpor o Huallaga acima do Pongo de Aguirre, entram pelo Paranapuras e vão descarregar em Balsapuerto, donde os índios transportam os volumes destinados a Moyobamba. Era horrível esse caminho; dizia Raimondi em 1861 que por ele "no puede pasar un perro si no se le carga". Li, porém, no Registro oficial de 30 de setembro de 1865, folha publicada em Moyobamba, que uma nova estrada para máquina está concluída, mas que o povo não quer abandonar a antiga senda por ser um pouco mais curta, pondo-se em luta com o prefeito,