Por maiores que sejam as dificuldades da navegação, a meu ver, deve-se proceder a um estudo sério dessa linha interna de comunicações. Os acontecimentos acabam de assignalá-la como um recurso, de que se deve tirar partido. Está hoje demonstrado que as comunicações por terra do Rio de Janeiro com Mato Grosso, qualquer que seja a direção, desde a província do Paraná até ao sul de Minas, oferecem obstáculos gravíssimos. As recentes expedições de tropas para Mato Grosso perderam tempo precioso, e lutaram com embaraços difíceis de superar. A linha do Tapajós, porém, oferecerá tantos? Não vale a pena explorá-la, e verificar por um estudo minucioso a natureza das comunicações apontadas no relatório acima transcrito?
Dever-se-ia, pelo menos, ter experimentado essa linha para o correio de Mato Grosso durante a guerra; as notícias viriam com pontualidade. Parece igualmente que, podendo um vapor chegar até á primeira cachoeira, seria muito mais breve a remessa de tropas por aí. Os corpos do Pará poderiam ter marchado daí para Cuiabá. Ter-se-ia evitado assim a deplorável mortandade que os aniquilou no sul, visto como na região do Tapajós e do Cuiabá não encontrariam a mesma rápida mudança de climas.
Outrora Santarém supria de gêneros as povoações circunvizinhas; ela está destinada a ser o entreposto de Monte Alegre, Almeirim, Prainha, Obidos, dos povoados do Tapajós, e por