ventura de Cuiabá, melhoradas as comunicações atuais, isto é, estabelecido um reboque a vapor de pranchas no Tapajós até as cachoeiras, construídos alguns ranchos para estação dos canoeiros durante a travessia das cachoeiras, e criado um posto policial aquém do Diamantino. Isto feito, é provável que o comércio das margens do Cuiabá, do São Lourenço e do Alto Paraguai frequente essa linha de comunicações. Em primeiro lugar, porque no Pará os gêneros estrangeiros lhe ficam mais baratos do que no Rio de Janeiro; em segundo lugar, porque os fretes seriam menores. Na verdade, a viagem nos paquetes do Pará a Santarém é apenas de dous dias e meio, e de Santarém a Cuiabá em canoa (como se faz atualmente, sem se aproveitarem as 60 léguas navegáveis a vapor), 30 dias, estando leves as canoas, e 40 a 50 com elas muito carregadas. Ora a viagem do Rio a Cuiabá, por São Paulo, que é a mais curta, demanda muito mais tempo, e é toda terrestre. Por outro lado, a viagem do Rio de Janeiro ao Prata, de lá ao Paraguai e daí a Cuiabá, exige a vapor cerca de 30 dias, incluindo os das baldeações e demoras nos portos, sendo que só de Montevideu a Cuiabá os paquetes, aliás ronceiros, não gastavam menos de 24 dias.
Uma exploração das cachoeiras e o estudo dos melhoramentos necessários ao caminho terrestre, são, portanto, indispensáveis. Para não falar em outros valiosos produtos,