basta indicar a ipecacuanha, artigo de grande preço no mercado, e que muito conviria ser exportado pela via fluvial do Arinos e Tapajós.
Partindo do porto Tatú sobre o rio Carauahy, braço do Maués, chega-se por uma travessia de 14 léguas à margem do Tapajós. Em 1863 o Sr. major Coutinho fizera essa viagem em 4 dias e meio, e disse que poderia encurtar a distância uma estrada traçada por esse terreno, que é elevado, posto que se alague em parte durante o inverno. Como o Maués é a região do fabrico do guaraná, a estrada facilitaria aos cuiabanos (grandes consumidores desse caro e precioso produto dos índios) a passagem do Alto Tapajós para o Maués, em vez de carecerem descer aquele rio e suprir-se em Santarém, na foz.
Estes esclarecimentos, que não contém novidade alguma, justificam, me parece, a importância que atribuo à navegação do Tapajós. Aberto o Amazonas, não será razoável supor que venha Santarém a ser um ponto comercial considerável, e que se torne preciso um pequeno vapor, ou um rebocador de canoas e pranchas, para economizar o tempo nas 50 ou 60 léguas perfeitamente navegáveis entre a foz e a primeira cachoeira? Não será então preciso habilitar Santarém para o comércio direto? Em todo o caso, deve o governo encaminhar as providências fiscais sobre o Amazonas de sorte que se não oponham as