O Vale do Amazonas

impróprio para explorações; às duas horas da tarde de 16 de outubro de 1865, o termomêtro (Fahr.) marcava, sob o convés, junto ao tubo condutor das caldeiras, 148°; junto a máquina 124º; na câmara de ré, 83°. Avalie-se o calor que se sofre em uma grande parte do navio. O calor da máquina comprimido, irradiando-se por um espaço estreito, aquece tudo e torna insuportáveis os alojamentos inferiores de popa a proa. Mesmo durante a noite, não são eles habitáveis. O incômodo de saúde é grave: a gente da máquina não lhe resiste. Nos vapores destinados a explorações dever-se-á, portanto, atender a necessidade de grandes frestas no convés em todo o prolongamento da parte que cobre a máquina, em forma de xadrez de ferro. Na parte do costado, correspondente a mesma máquina, deverá haver outras frestas idênticas, ou grandes vigias óculos. Melhor seria que toda a parte do costado e a do convés, que encerram a máquina, fossem compostas, desde pouco acima da linha d'água, de peças amovíveis, que se tirem em viagem pelo rio acima, ficando o maquinismo ao ar livre e bem ventilado o navio.

As observações que consigno a respeito do serviço de exploração do Amazonas, são o resultado de exame ocular e dos avisos de pessoas profissionais. Cuido que não passarão desapercebidas do governo, que deve empenhar-se em não deixar corromperem-se no ócio as brilhantes qualidades que estão ostentando no Paraguai os nossos oficiais de marinha,