À imprensa brasileira, pois devo eu dedicar este modesto estudo sobre algumas questões do vale do Amazonas.
Ela merece-o por muitos motivos.
É a ela que pedimos forças, e é dela que esperamos animação e conforto.
Nos nossos dias de tristezas ou nas nossas calmas inquietadoras, essa mesma imprensa, ainda infante e pouco ousada, faz-se, contudo ouvir por vezes com admirável êxito, desconhecido porventura em outros países.
Ela está aberta a todas as grandes ideias e a todos os sentimentos generosos.
Ela é que tem rasgado o caminho que vamos trilhando, na descentralização administrativa, na reforma judiciária, no regimen da marinha mercante, na questão religiosa, na questão bancária, em todas as questões de progresso.
Quando parece tímida, ei-la que surge atrevida e firme: se a questão do trabalho servil, preocupando os espíritos, se afigura sombria e inacessível, um dos seus mais autorizados órgãos e de mais extensa clientela, o Jornal do Comércio, tem a elevada inteligência de sacrificar alguns dissabores á franqueza devida ao país, agarrando de frente o problema sinistro, e pondo-o de pé, sobre o tapete, à vista de todos.
A imprensa e a discussão livre da nossa tribuna estão transformando o país. Que o digam,