O Vale do Amazonas

oceano, para se impedir o progresso do contrabando, e por amor do seu desenvolvimento, carecem, digo, de grande redação nas excessivas taxas atuais.

Para que, por exemplo, se há de ter alfândega em Mato Grosso?

Como cobrar em Manaus os mesmos direitos que no Pará, e no Pará o mesmo que no resto do Império?

Quanto à alfândega de Mato Grosso (Albuquerque), e a do Rio Grande sobre o Uruguai (Uruguaiana), é lícito supor que alguma cousa regulem uniformemente as convenções celebradas pelos aliados e pelo Paraguai depois da guerra.

Será menos atendido o Amazonas? Não, por certo. O sistema que prevalecer no sul, estender-se-á ao norte, mais cedo ou mais tarde, por virtude da lógica que domina os acontecimentos e encadeia os fatos.

Admiram-se de que seja o Amazonas despovoado e pouco animador o aspecto dos seus desertos? Quanto a mim, eu me admiro de que não seja pior. É uma câmara escura. Portugal fechou-o até 1822; nós o conservamos como o recebemos até bem pouco, e só o abrimos a meia dúzia de barcos de um Estado ribeirinho. Quem o povoa? o índio mais ou menos selvagem. Para que se transformasse depressa, carecia o índio de impulso estranho. De