O Vale do Amazonas

napoleônica propor, como um filósofo platônico, o plano de um congresso para conciliar os interesses dos reis a bem da fraternidade dos povos; filhos deste século generoso, formais votos pela união sincera do Brasil com os seus vizinhos, e imaginais que os paquetes do Madeira, do Rio Negro e do Purús serão pontes lançadas entre o Rio de Janeiro e Lima, Caracas e Chuquisaca.

Senhores, no meio das perturbações que trazem ensanguentada a América, há dezeseis anos o Brasil tranquilo e sossegado oferece ao mundo um dos mais nobres exemplos da paz criada pela liberdade. Um príncipe, homem de bem e espírito liberal, tem saboreado satisfeito a ventura de ver os horizontes morais do seu país esclarecerem-se e alargarem-se. Presidindo à época mais animada da nossa história, o seu governo colhe agora, na luta com o inimigo desleal e perfido, o prêmio precioso de sentir o país inteiro associar-se ao sucesso da sua política, levantar briosas legiões de voluntários, animá-lo com entusiasmo e facilitar-lhe o caminho da glória. Sabe o governo brasileiro que a verdadeira força se adquire como ensina a legenda de Anteo. Governo de homens de bem, ele deve de odiar o sofisma e desprezar os estratagemas. O seu interesse é a felicidade da nação.

Desde que podem apoiar-se sobre uma tal base, as boas ideias não tem outra contrariedade mais que suportar, a não ser a do tempo. Como outras tantas que estão fazendo o seu