Em nome da integridade e da tranquilidade do Império, aconselhou-se em certa época a clausura do Amazonas. Angelis (p.186 a 188) via com horror a entrada de navios estranhos no vale desse rio e fantasiava mil desavenças provocadas pelos estrangeiros. O que neste sentido escreveu não é excedido por certos discursos de estadistas brasileiros, admiráveis de igual beatitude política. Entretanto, as hipóteses de conflitos, que ele figurava, ainda não aconselharam a supressão das alfândegas interiores de Uruguaiana e Corumbá (sobre os rios Uruguai e Paraguai). Os fatos dispensam resposta. Porque razão não aconteceria o mesmo no Amazonas? Aí os nossos vizinhos são povos pacíficos, de índole e hábitos mais tranquilos que os limítrofes do sul. Verdade seja que, de espaço em espaço, um dos nossos comandantes das fronteiras setentrionais exerce a sua bravura em exagerar algum insignificante conflito, que às vezes ele próprio provocou ou não preveniu; ou um agente fiscal recomenda o seu zelo insistindo na possibilidade de fazer-se o contrabando; ou algum visionário descreve desacatos e fantasia invasões do território. E então não faltará uma voz para dizer que, se o Pará fosse o Rio Grande do Sul, já o teriam escutado e desagravado! Tudo isso porque? por que, na frase espirituosa de um ilustre deputado, a guerra, indústria de certa parte da província do Rio Grande, que com isso tem