navegação do Amazonas:
"Senhores, a Bolívia, a meu ver, tem alguma razão de queixa contra o Brasil, e é preciso acabar com isso, e estreitar nossa amizade. Até agora havia algum fundamento para divergências, hoje não há mais.
Enquanto não se tinha deliberado a abertura dos rios brasileiros, enquanto se entendia que não se podia defender a nossa fronteira ocidental de Mato Grosso, ou impedir o trânsito, senão por meio de fortificações em Miranda, em Coimbra, no Escalvado e em outros pontos fluviais; enquanto a cidade de Mato Grosso era a capital que devia ser coberta e resguardada, compreende-se o que se queria previnir; hoje, porém, todos conhecemos que à vista dos progressos que tem feito a marinha militar, não há melhor defesa fluvial do que uma flotilha encouraçada, ou vigorosa fortaleza móvel, que tem ubiquidade; hoje em vez de impedir o trânsito, vamos franqueá-lo; a capital da província já não é Mato Grosso, e sim a cidade de Cuiabá que, internada como é, não está exposta a um golpe repentino; o comércio, em vez de continuar medíocre, deve ser animado e desenvolvido amplamente, entre os dous países no interesse recíproco; consequentemente, mudadas as circunstâncias, os dous Estados devem mudar a sua política, definir seus limites, estreitar sua amizade.