Somente a preguiça e a ignorância podem desejar a continuação do sistema anterior, essa preguiça desdenhosa que só se comove ao ouvir o nome de um novo ministro ou a notícia das crises de gabinete, e essa mísera ignorância até dos elementos da geografia do Brasil, revelada por sujeitos que pretendem ser ou são efetivamente estadistas neste país.
Simplificar esses empoados debates sobre limites é um serviço, me parece, e por isso citarei um parágrafo de Martin de Moussy, na sua acreditada obra (27)Nota do Autor, que, tratando das fronteiras da República Argentina, precisa claramente os termos da nossa questão:
"La limite du Pilcomayo entre la Confédération (Argentine) et la Bolivie, celle du Rio Paraguai et du Parana avec la république du Paraguai, celle du Rio Paraguai, du Jaurú, et du Guaporé entre la Bolivie et le Brésil, enfin celle du Corrientes et de l'Ivinheima entre le Paraguai et le Brésil, sont certainement les frontières les plus naturelles et les moins susceptibles de contestation".
Invocarei agora para esclarecimento do assunto as palavras de um ilustre senador, que pesam pela sua proficiência nestas matérias. O Sr. Pimenta Bueno disse o seguinte no senado em um discurso de 3 de junho de 1864, quando se debatia o projeto da livre