Calculada a soma destas despesas, conhecer-se-ia a da taxa escolar, ou a importância a repartir com igualdade entre a contribuição local e a provincial.
Na ausência de estatísticas da população, — negligência sem nome no número dos nossos descuídos, — proceder-se-ia no começo ao acaso, mas não é de outro modo que se dirige tudo o mais no Brasil: não sirva isso, pois, de objeção.
Também não se diga que a taxa municipal bastaria geralmente para as despesas da localidade. Nós supomos um sistema inteligente de ensino público, professores bem remunerados, em número correspondente ao dos alunos, escolas em cada distrito dentro de certa área, em suma um sistema inverso da mesquinha e estéril organização atual.
Mas a instrução, como a mor-parte dos serviços públicos, não é interesse puramente local; pelo contrário, a sua organização completa supõe que funcionem consoantes certas molas de um mecanismo superior. Para estas outras despesas eminentemente provinciais devem de contribuir solidariamente todos os habitantes de uma mesma província.
É assim que continuariam a figurar nos orçamentos de todas elas as consignações hoje votadas para a instrução. Estas consignações que aliás dever-se-ia aumentar cada ano, aliviadas das despesas com escolas primárias, forneceriam mais valiosos recursos, não só para o ensino secundário profissional, como principalmente para as necessidades gerais da própria instrução elementar.
Não falamos aqui das ciências especulativas, das belas-letras e das belas-artes, cujo estudo não é aspiração do maior número. Estabelecimentos próprios para tais estudos, seja dito de passagem, devera o governo geral mantê-los, em várias zonas do império,