incremento da emigração da Alemanha, em particular para o Brasil, nos anos que precederam a Primeira Guerra Mundial.
Depois desse conflito, quando o capital alemão foi temporariamente relegado a segundo plano, o número de expedições alemãs se reduziu, ao passo que, em compensação, cresceu consideravelmente a quantidade de expedições dos Estados Unidos e da Inglaterra.
Valiosa contribuição ao estudo da arqueologia, da etnografia e da história da América Central e do Sul, foi dada pelos trabalhos dos cientistas locais, trabalhos que adquirem significação cada vez maior.
Como resultado dos trabalhos de numerosas expedições, nossos conhecimentos de etnografia dos indígenas do Brasil se enriquecem com uma série de pesquisas, e especialmente com monografias sobre determinadas tribos.
Não pretendemos oferecer uma lista completa da literatura referente às tribos, mas consideramos necessário, neste artigo, indicar as obras principais, sobretudo algumas descrições de viagem tidas como clássicas na atualidade. (5) Nota do Leitor
A maior parte delas diz respeito à segunda metade do século XIX, e só algumas coincidem com o período de trabalho da Expedição.
Antes de procedermos a uma revista dessas obras, convém dizer que o grau de estudo da cultura dos indígenas sul-americanos, até o momento, não pode ser admitido como satisfatório. Basta ressaltar que até hoje não dispomos sequer de umas poucas classificações aceitáveis das tribos indígenas do Continente, já para não falarmos de uma classificação única.
Em face da ausência de indicações elaboradas e em geral aceitas que pudessem servir de base para a classificação linguística, com vistas à determinação de certos grupos, muitos países adotaram o critério da ordem etnográfica, em particular de caráter negativo. Assim, por exemplo, algumas tribos são classificadas de acordo com as seguintes indicações negativas que lhes são comuns: ausência de cerâmica, de rede (de dormir), etc.