A expedição do acadêmico G. I. Langsdorff ao Brasil, 1821-1828

Guenrikh Guenrikhovitch Manizer nasceu em 21 de setembro de 1889, no seio da família de um pintor. Aos dez anos de idade, junto com seu irmão M. G. Manizer, conhecido escultor, ingressou na escola de desenho de Xtiglits. Em 1907 entrou na Universidade de Petersburgo, cursando duas faculdades ao mesmo tempo: a histórico-filológica e a físico-matemática (departamento de Ciências Naturais).

Em 1912, após prestar os exames oficiais, preparou-se para receber o diploma, elaborando um trabalho sobre a antropologia dos guiliaks. (13) Nota do Tradutor Essa obra, em grande parte realizada sob a direção do professor L. Ia. Xternberg, vinculou por muito tempo G. G. Manizer à etnografia e, em particular, ao Museu de Antropologia e Etnografia da Academia de Ciências, cujas riquíssimas coleções foram por ele minuciosamente estudadas.

Na primavera de 1914, no grupo de participantes do círculo de biologia, anexo ao Instituto Lesgaft, surgiu a ideia da organização de uma viagem à América do Sul. (14) Nota do Leitor Essa viagem se efetuou com o apoio material de algumas instituições científicas: o Museu de Antropologia e Etnografia e o Museu Zoológico da Academia de Ciências, a Sociedade Moscovita dos Amadores das Ciências Naturais, da Antropologia e da Etnografia, e outras, bem como de alguns particulares. Recebendo os apetrechos correspondentes e uma pequena soma em dinheiro (cerca de quatro mil rublos), os jovens pesquisadores empreenderam a viagem, calculada em sete a oito meses. Entre os componentes da Expedição encontravam-se os etnógrafos G. G. Manizer e F. A. Fielstrup, os zoólogos I. D. Strelnikov e N. P. Tanasytchuk e o economista S. V. Gueiman.

Chegando à cidade de Corumbá (Estado de Mato Grosso, Brasil), os membros da Expedição se separaram em dois grupos. Os zoólogos permaneceram em Corumbá e depois efetuaram